Teatro dos Vampiros
Ato II
Considerações sobre o amor- Inspirado no soneto de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver;
Amor é azia;
É ferida que dói e não se sente;
É lepra;
É um contentamento descontente;
É ver graça na desgraça;
É dor que desatina sem doer;
É frescura desvairada;
É um não querer mais que bem querer;
É o não que diz que sim;
É solitário andar entre a gente;
É autismo;
É nunca contentar-se de contente;
É ser uma garotinha mimada;
É um cuidar que se ganha em se perder;
É nada mais que política;
É querer estar preso por vontade;
É masoquismo;
É servir a quem vence, o vencedor;
É conviver servilmente com a derrota;
É ter com quem nos mata lealdade;
É ser um cão estúpido;
Mas como causar pode seu favor;
Mas como estar tão certo desta dor,
Nos corações humanos amizade;
Tão absoluta, absurda, bio - lógica;
Se tão contrário a si mesmo é o mesmo amor?
Se tão contrário a si mesmo é o mesmo amor?
Cai o pano
Ato II
Considerações sobre o amor- Inspirado no soneto de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver;
Amor é azia;
É ferida que dói e não se sente;
É lepra;
É um contentamento descontente;
É ver graça na desgraça;
É dor que desatina sem doer;
É frescura desvairada;
É um não querer mais que bem querer;
É o não que diz que sim;
É solitário andar entre a gente;
É autismo;
É nunca contentar-se de contente;
É ser uma garotinha mimada;
É um cuidar que se ganha em se perder;
É nada mais que política;
É querer estar preso por vontade;
É masoquismo;
É servir a quem vence, o vencedor;
É conviver servilmente com a derrota;
É ter com quem nos mata lealdade;
É ser um cão estúpido;
Mas como causar pode seu favor;
Mas como estar tão certo desta dor,
Nos corações humanos amizade;
Tão absoluta, absurda, bio - lógica;
Se tão contrário a si mesmo é o mesmo amor?
Se tão contrário a si mesmo é o mesmo amor?
Cai o pano
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home