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The world's little window to myself

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sábado, agosto 28, 2004

É difícil de explicar...
mas o crédito do poema a seguir
talvez não seja todo meu.
Da mesma forma, o sentimento não é todo meu
ele está misturado com mais alguma coisa.
Uma coisa difícil de explicar.



Queda

Meu castelo de cartas está ruindo
Desesperado tento ampará-lo
Enquanto ele cai sobre mim
Cada carta que cai corta minha pele
E junto das cartas escorre meu sangue
Estou coberto de sangue e pedaços de minha vida
Que se desmancha por entre meus braços
Tento juntar os pedaços
Mas as cartas continuam caindo
Dilacerando meus sonhos
Manchando de sangue e dor
O que de mim ainda está em pé
A última carta vem abaixo
E me leva com ela
Pro chão
Choro como uma criança estúpida
Não posso reconstruir meu castelo
Com um baralho de cartas marcadas
Tingidas pelo sangue de um tolo
E lágrimas não serão suficientes para limpá-las



terça-feira, agosto 17, 2004

Só pra lembrar que eu consigo escrever coisas que prestam de vez em quando...


Torpor

Quero me embriagar,
Me perder
Me encontrar
Me esquecer
Mergulhar
Me fundir
Existir
Ecoar
Em você.

Dia Ruim

Tô puto da vida.
Onde foram parar todos aqueles planos que pareciam perfeitamente possíveis e realizáveis ?
Acho que vomitei eles junto com aquela vodka sem vergonha que acabou com o meu fígado.
Cadê aquelas pessoas novas e interessantes que eu iria conhecer aos montes?
Onde ficam todos os lugares incríveis que eu fatalmente visitaria?
Com certeza não estão no meu saco, pois tenho coçado ele bastante e não vi nada.
Às vezes queria ser capaz de chutar a minha própria bunda.
Que foi? Achou que eu estou parecendo adolescente deprimido?
Vai se foder então. Não me enche que hoje eu não tô bom.
To de saco cheio de ser legal e bonzinho.
Saco cheio de...
Quer saber? Não vou rimar pra fazer final bonitinho.
...
droga...
Ah, foda-se.

quarta-feira, agosto 11, 2004




Linearidade

As pessoas param
A vida pára
A respiração pára
Mas o tempo avança
E todo aquele que pára
Não passa
De uma lembrança
Cuspida fora do presente
E assiste, impotente
O tempo passar

Homens andam pra trás
Carros andam pra trás
Fitas de vídeo andam pra trás
Mas o tempo vai pra frente
Inabalado e lento
Recriando nosso presente
Deixando pra trás
O passado
Morada do esquecimento
Sepulcro de cada momento

E o futuro não é nada
Além do próximo instante
Para o tempo,
Estar adiante
É lugar nenhum
Pois coisa alguma existe
Sem que o tempo a alcance
Antes disso é vislumbre
Pouco mais que um nuance

Nosso tempo é aqui
Nosso lugar é agora

terça-feira, agosto 10, 2004


What I (really) want.

I wanna (make you) laugh
I wanna (see you) fly
Don't wanna (let you) go
Don't wanna (feel you) die
I want (you) to be loved
I want (you) to change my life.
Never again I want to (hear you) cry
(Love you) 'til the end of my time.