Nota do autor: o texto a seguir é puramente literário, e não é necessariamente uma expressão de crenças ou concepções de seu autor.
Teatro Dos Vampiros
Ato I
Eu sou a dor, a miséria, a fome, a guerra e o desespero.
Eu sou a traição, a ganância, o ódio e o ópio.
Eu sou o Diabo e o Inferno; o fogo e as trevas.
Você me vê no choro da criança suja e fria que foi mordida por um rato.
Você me sente quando deseja a morte do moleque que pegou sua bolsa e saiu correndo.
Você me ouve no grito raivoso do homem no carro do lado.
Eu cerco a todos e moro no íntimo de cada um.
Eu determino a medida de cada homem e cada mulher.
Eu sou a proporção inversa da humanidade.
Na Bíblia está escrito que no começo havia apenas trevas e escuridão.Quem sou eu para contrariar o livro sagrado? Ele mesmo confirma: Eu sou o princípio de tudo. Sou mais antigo que Deus e a própria luz.
Esqueçam o princípio e falemos do fim... Não é o fim a escuridão, o apagar das luzes? Ora, que surpresa...Eu sou também o fim.
Agora olhem ao seu redor e contemplem, pobres criaturas, a irresistível conclusão...
Eu sou o princípio, o meio e o fim.
E assim termina o ato, meus amigos. Fechem-se as cortinas. E a moral é que vocês, seres humanos, são imorais. Definem sua existência por meio de dor e sofrimento. Falam de Deus e de ir pro céu enquanto fazem deste mundo o verdadeiro inferno. Eu sou esse inferno que vocês criaram, eu sou o mal que lhes consome e dá prazer. E àqueles que estiverem prontos para arder, bem vindos ao teatro dos vampiros. Nossas portas estão abertas.
Cai o pano.
Teatro Dos Vampiros
Ato I
Eu sou a dor, a miséria, a fome, a guerra e o desespero.
Eu sou a traição, a ganância, o ódio e o ópio.
Eu sou o Diabo e o Inferno; o fogo e as trevas.
Você me vê no choro da criança suja e fria que foi mordida por um rato.
Você me sente quando deseja a morte do moleque que pegou sua bolsa e saiu correndo.
Você me ouve no grito raivoso do homem no carro do lado.
Eu cerco a todos e moro no íntimo de cada um.
Eu determino a medida de cada homem e cada mulher.
Eu sou a proporção inversa da humanidade.
Na Bíblia está escrito que no começo havia apenas trevas e escuridão.Quem sou eu para contrariar o livro sagrado? Ele mesmo confirma: Eu sou o princípio de tudo. Sou mais antigo que Deus e a própria luz.
Esqueçam o princípio e falemos do fim... Não é o fim a escuridão, o apagar das luzes? Ora, que surpresa...Eu sou também o fim.
Agora olhem ao seu redor e contemplem, pobres criaturas, a irresistível conclusão...
Eu sou o princípio, o meio e o fim.
E assim termina o ato, meus amigos. Fechem-se as cortinas. E a moral é que vocês, seres humanos, são imorais. Definem sua existência por meio de dor e sofrimento. Falam de Deus e de ir pro céu enquanto fazem deste mundo o verdadeiro inferno. Eu sou esse inferno que vocês criaram, eu sou o mal que lhes consome e dá prazer. E àqueles que estiverem prontos para arder, bem vindos ao teatro dos vampiros. Nossas portas estão abertas.
Cai o pano.


Cheguei à conclusão de que, no universo, existem forças que irresistivelmente se atraem, e , por mais que lutemos contra elas, essa é uma luta vã. Um bom exemplo de tal atração mórbida é a intima relação que existe entre minhas férias e minha desgraça. Trabalhando como professor, tenho o privilégio de gozar de férias duas vezes ao ano,e, se bem recordo, a última vez que tive férias normais foi em Julho de 2000. De lá pra cá, cada um de meus períodos de férias foi acompanhado de algum tipo de misfortúnio, tal como acidentes de carro, operações em ossos quebrados durante acidentes de carro, quedas, torções e opeações em minhas mais importantes articulações, e mais recentemente convulsões seguidas de internação preventiva.